14 de maio de 2021

A perfumaria faz parte da história da humanidade. Desde as civilizações mais antigas temos registro do uso dos aromas pelos povos, cada um com as suas particularidades. Grandes líderes usavam o aroma como sua marca pessoal, que podemos evidenciar como os primeiros usos de assinatura olfativa da história. Além da marca pessoal, os  perfumes eram envoltos por uma aura de magia e ligadas às crenças de cada civilização, a mirra, provavelmente é a mais conhecida na civilização ocidental.

Saber de onde viemos, nos mostra para onde vamos. Luciana Reck é especialista em aromas, formada pela renomada escola francesa Cinquième sens, e está sempre se aperfeiçoando e pesquisando. Descobrir como os aromas impactaram a história ajuda na concepção de novos produtos. Um exemplo disso é o Rosa do Mar, que busca no Alecrim a sua base, o mesmo ingrediente que era usado na "água de colônia da rainha da Hungria", por suas propriedades refrescantes e tônicas em 1300, quando surgiu o primeiro perfume preparado à base de álcool.

É com base no conhecimento que Luciana desenvolveu o Patchouly para a Santho Aroma. Formada como Sommelier de Perfumes com a perfumista Renata Ashcar, ela aposta na alquimia das notas de gerânio, cravo, lavanda, muguet, cedro e patchouly. Este aroma que hoje encanta os nossos clientes, tinha sua própria versão desde a época de Napoleão que usava para perfumar suas sedas.

Quando remontamos a história, nos transportamos para a Grécia Antiga onde os aromas tinham atributos mágicos e místicos. Os gregos ofereciam os perfumes aos deuses e deusas e chegavam a perfumar as estátuas de adoração.

Alexandre, O Grande reuniu um grande território e formou um enorme império, que ia do sudeste da Europa até a Índia. Apaixonado por perfumes e incensos, o maior líder militar da antiguidade, perfumava sua capa com essência de açafrão e também coloria os cabelos com o laranja da especiaria.  Ele usava esses meios para deixar sua marca por onde passava e os territórios que conquistava, usando já o conceito de Marketing Olfativo. 

Na Roma Antiga, o imperador Nero era um apaixonado por perfume de rosas.  Apesar de sua fama de tirano, Nero organizava grandes festas e, dizem, gastava fortunas em óleos perfumados para dar suas luxuosas recepções. Os romanos são considerados os precursores da perfumaria de ambientes.

Quando remontamos o período entre 1700 e 1800, temos a França como o berço do luxo. Versailles sedia grandes festas e banquetes e o iluminismo domina o mundo das ideias na Europa. Este é definitivamente o “século dos perfumes”. O reinado de Luis XV é marcado por cheiros, suas camisas, por exemplo, eram lavadas com um tipo de colônia chamada de "água angelis" e sua corte em Versailles foi chamada de "Corte Perfumada".

A perfumaria ainda reserva grandes histórias e marcos na nossa civilização. Acompanhe nosso blog que em breve voltaremos com mais curiosidades!