Natal com afeto - Cheirinhos de Natal

20 de novembro de 2020

Que cheiro tem um natal memorável? Cheiro de família reunida, cheiro de amor, afeto ou de um abraço? Que cheiro não pode faltar no natal? Cheiro de biscoitos no forno, cheiro do carinho do seu pai ou cheiro de todo mundo falando ao mesmo tempo e amo? Convidamos algumas pessoas para falar um pouco sobre os cheiros que o natal tem. 

Luciana Reck

Meus pais sempre cultivaram a imagem do Papai Noel, como um bom velhinho e tínhamos amor e carinho por ele. E todos os anos nos reunimos e todas as crianças acreditavam e esperavam ansiosamente por ele.

Outro momento também importante era a escolha da árvore de natal, que era colhida cedo da manhã junto com o meu pai. Nós éramos muito parceiros e ele me ensinou a colher também os musgos para enfeitar a árvore e o presépio. Eu acreditava que onde havia musgos havia gnomos e para mim isso era uma festa, era uma aventura. Também colh;iamos pinhas e folhas, que minha mãe usava para fazer as guirlandas e enfeites de natal para nossa casa.

No momento de decorar a árvore buscávamos no armazém do meu avô, nos secos e molhados, as bolas coloridas feitas de uma fina camada de vidro. Elas eram embaladas e guardadas como se fossem um tesouro e tirávamos da caixa e delicadamente colocávamos na árvore. Era um momento em que a família se reunia para montar e decorar a árvore de natal e o presépio, com musgos e barba de pau colhidos. E, estes momentos estão gravados em meu coração.

Minha vó também nos ensinava a fazer os biscoitos de natal, minha prima e eu ajudávamos a fazer e depois guardávamos em grandes latas e distribuíamos entre a família aqueles biscoitos cobertos de glacê branco e confeitos.

As crianças tinham uma importância muito grande no período do natal e minha família, meus pais sempre incentivaram a gente acreditar no Espírito de Natal. Havia um disco de vinil do Tio Patinhas, Pato Donald e os seus três sobrinhos e uma voz firme contava sobre o Espírito do Natal, como deveríamos sentir coisas boas, perdão, amar as pessoas e estar em família. Era um disco azul, pequeno e colorido que me remetia diretamente às coisas boas do Natal.

As coisas mais simples e mais carinhosas fazem parte destes momentos lindos e o Cheiro de Natal da Santho Aroma tem muito disso. Tem amor, tem memória, tem família reunida e tem cheiro de perdão, de sentimentos bons e de recomeço.


Lúcia Mattos

Natal pra mim tem cheiro da minha casa de Gramado porque foi depois que construí minha casa, que formei minha família com meu marido Leonardo e meus filhos Antônio e Valentim que o Natal passou a fazer realmente sentido pra mim. Desde então o Natal é sempre lá, às vezes com mais gente, às vezes com menos. Mas os aromas são sempre os mesmos: o amanhecer em família, com o aroma do café tomado no jardim, todos juntos em casa, os preparativos, o aroma do peru assando do forno, o perfume da geleia de damasco no fogão, minha mãe chegando com seu bacalhau, minha sogra com sobremesa. Meu pai abrindo o vinho e todos celebrando mais um ano juntos, com saúde, paz e família. Nada é mais importante. Feliz Natal a todos!

Simone Becker dos Santos

O Natal de 2004 é sem dúvida o natal memorável nas nossas vidas. O Natal Tem cheiro de criança, de chocolate, de brinquedos novos, de presentes, de família reunida, de papai Noel, de gnomos, de sonhos, é um momento de descobertas e de muitas expectativas! Nossa filha nasceu em novembro de 2004, pouco antes do natal e foi assim que a nossa filha Maria Cândida  teve contato com a magia do Natal! E foi inesquecível! Ali nasceu uma família, ali nasceu uma amiga para a vida toda e o natal nunca mais foi o mesmo. 

Débora Tessler

Desde que recebi o convite para compartilhar qual o cheiro do meu Natal penso nos meus avós maternos. Os natais mais mágicos e sublimes foram na casa deles, na Rua Marquês do Pombal, em Porto Alegre. Acho que era o ano de 1987, quando ganhei minha primeira bicicleta que trouxe também a alegria pelo novo: afinal, foi em cima daquelas rodas da bici azul que eu experienciei, pela primeira vez, a sensação de manter o equilíbrio. Conto tudo isso, pois foi dessa forma que reconheci os aromas natalinos que fazem parte da minha trajetória: cheiro de avós; cheio de novas experiências; cheiro de infância. E tudo isso harmonizado ao aroma do pinheiro natural.

Milene Leal

Os Natais da minha infância: A festa era quase sempre na nossa casa, e toda a família participava. Era uma alegria ter horas e horas para brincar com os primos. E ganhar um montão de brinquedos, óbvio... Mas a minha maior lembrança é o pinheiro natural que a gente sempre tinha em casa nos Natais, pinheiro “de verdade”, como eu costumava dizer. Amava enfeitar aquela árvore e cuidar dela: se as pontinhas dos galhos ficassem murchas era missão de uma das crianças encher de gelo a lata de água em que o tronco ficava mergulhado. Segundo a minha mãe, o gelo revigora a planta (e ela usa esse truque até hoje). Nunca vou esquecer do cheiro daqueles Natais: cheiro de árvore, de pinheiro verde, de planta viva, de “floresta”. Quando penso nesse aroma me transporto imediatamente para os Natais da minha infância, que eram momentos mágicos, aguardados com imensa ansiedade e cercados de muita alegria. Saudade disso!

Marcos Livi

Um natal memorável vem da simplicidade das coisas! Como nasci em “São Chico” e o natal começava no dia 24/12 com a tradicional missa do galo! E quando chegava em casa vinha do fogão à lenha, direto do forno, o cheiro de um leitão assado, do arroz à grega feito na panela de ferro e uma farofa de ovos dos Deuses! Com o passar do tempo, já em 2004, passei um natal com meus pais, onde cozinhei pra eles pela primeira vez!  Um menu empratado, eu e eles só! Minhas irmãs estavam com a família de seus maridos! Foi único, nos três ali, juntos à mesa! Eles sentados pela primeira vez e o filho cozinhando! Lembro da reação deles com o “Chef”! Mas o cheiro que ficava no ar “ era de capim santo” uma paz, uma tranquilidade, talvez o verdadeiro e simples espírito de natal.

Vicky Fernandez

Quando a gente muda de cultura, tenho certeza que uma das coisas que a gente sente permanentemente é a diferença dos cheiros. E são eles, esses cheiros, que em qualquer etapa da vida, tem o poder de nos levar a fazer uma verdadeira viagem no tempo.Meu tempo de Natal tem cheiro suave das amêndoas do "torrone", esse aroma do tradicional doce espanhol com claras e açúcar. Tinha também de pistache e de amendoim, mas a gente lembra do preferido, né?

Pelo menos até a década de 70, os Natais no Uruguay eram uma festa calma, pois não é nessa noite (Noche Buena) que as crianças ganhavam os presentes. Por estes tínhamos que escrever uma cartinha e esperar até a manhã do dia 6 de janeiro, quando os Reis Magos entrariam (com camelos e tudo!) pela nossa fechadura. Era importante tirar a chave para que eles pudessem passar, e também deixar nossos sapatos enfileirados perto da porta. Os camelos sempre faziam uma bagunça com a grama deixada para se recuperarem da longa viagem e tomavam toda a água servida.O Papai Noel não carregava presentes pesados como bicicletas e outros sonhos infantis de grande porte. Mas ele deixava presentinhos embaixo da árvore quando a gente se distraia, que eram de outra categoria, tipo mimos.Lembro dessas noites como uma sala iluminada apenas pelas luzes coloridas e piscantes da árvore, que se balançavam perigosamente perto das bolas do vidro mais frágil que se possa imaginar. No colo de uma avó, lembro de olhar a rua da cidade velha pela sacada, depois dos jantares geralmente de comidas frías: Jamón con melón, Tomates Rellenos, Lechón con Puré de Manzanas, Budin Ingles, Frutas Abrillantadas, Nueces y un Helado Casero, con Sidra para los grandes (os adultos em espanhol são os “grandes”, nós éramos "los chicos").

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